Muitos de nós, sejamos curiosos ou especialistas ficamos sempre perplexos ao folhearmos livros que nos contam a unificação do Egito. 

         E isto porquê?

         Ora, porque em uns aparece o nome de Menes como unificador do Egito, e em outros surge-nos o nome de Narmer, como o rei do sul que conquistou o norte, e criou a dupla monarquia.

         Vamos então começar a contar toda a história desde o inicio, apesar de esta questão ainda hoje ser muito discutida pelos egiptologos, sem nenhum consenso aparente. 

         Uma vez o Egito unificado, inicia-se uma nova época, com as duas primeiras dinastias, conhecidas como Arcaica ou Tinita, devido ao facto de a sua capital ser Tanis. Este periodo extende-se de 3000 até cerca de 2660 a.C., tendo estas dinastias governado um território que ia desde Mênfis, a norte, até Elefantina, a sul.

         A explicação mais comum para a unificação do Egito diz que um monarca do sul, o Rei Narmer, possivelmente oriundo de Hieracômpolis, conquistou o norte e unificou o país sob o seu dominio, o que é admitido pela generalidade dos egiptologos.

         As provas arqueologicas para o exposto advêm das escavações efectuadas na cidade de Hieracômpolis, onde se encontrou a famosa paleta de Narmer, feita em ardósia. Este achado é uma peça cerimonial que contém inscrições e relevos que representam a unificação do alto e baixo Egito sob o rei Narmer.

        

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

         A primeira dinastia, que cronologicamente começa em 3050 e vai até 2890 a.C., é constituida por sete ou oito reis, encabeçados por Hor-Aha, que provavelmente era filho de Narmer.

         O seu segundo nome foi men que significa "estabelecido", e que talvez seja a origem do nome Menes.

         A quase completa ausência de qualquer menção de Menes nos registos arqueologicos, e a comparavel riqueza de evidencias de Narmer, faz com que este seja creditado por descendentes e no registo arqueologico como um firme reivindicador da unificação do Alto e Baixo Egito, tendo dado origem á teoria que identifica Menes como sendo Narmer.

         A antiga tradição atribui a honra a Menes de ter unificado o Alto e Baixo Egito em um unico reino, e portanto o faraó fundador da primeira dinastia. No entanto o seu nome não aparece nos anais reais (Pedra do Cairo e Pedra de Palermo), que é uma lista real fragmentada, escupida em uma estela da V Dinastia.

 

         Ele tipicamente aparece, em fontes 

mais tardias como o primeiro humano a 

governar o Egito, herdando o trono do Deus

Hórus. Ele aparece em uma lista real, muito 

mais tardia, como primeiro faraó humano do 

Egito. 

         Devemos, por isso, encarar Menes 

como uma figura fundadora, similar a 

Rómulo na Roma Antiga?

         Ou encarar Menes como sendo filho de

Narmer, e portanto identificá-lo como o faraó

Hor-Aha.

         Alguns egiptologos defendem que

Menes é a mesma pessoa que Hor-Aha, e que 

ele herdou um Egito já unificado por Narmer

outros acham que Narmer iniciou o processo 

de unificação, conseguindo parcialmente 

este feito, deixando a conclusão para Menes.

E por fim existem outros argumentos que

identificam Menes como sendo Narmer, 

devido ao facto de estes dois nomes 

aparecerem em conjunto em várias ostracas.

         Existem muitas especulações e 

poucos vestigios arqueologicos que nos

ajudem a comprovar estas teorias, no 

entanto a mais aceite é que Narmer foi o 

responsavel pela unificação do Egito, dando

origem á primeira dinastia.

         E vocês egiptomaniacos qual é a 

vossa opinião?