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NARMER OU MENES - ENTENDA A DÚVIDA


por André Laranjeira em 19.01.2016
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Há uns dias atrás publicamos aqui na página um artigo sobre o Faraó Narmer, conhecido pela sua ação unificadora, transformando o Egito num único reino sobre o seu domínio. Referimos também que as informações que temos acerca da primeira dinastia egípcia são muito vagas e abertas a especulações. Daí se deve o fato de ocorrer confusão quando se pretende denominar o primeiro faraó do Egito. Pois aparece nos escassos registos como Narmer ou como Menes. As informações são tão questionáveis que até o faraó de que vamos falar hoje foi apontado como o verdadeiro unificador do Egito. Mas vamos por partes para que esta história não fique confusa.
Mâneton nos seus escritos relata que este faraó teria governado o Egito por 57 anos. No entanto Júlio Africano acredita que tenham sido apenas 27 anos de reinado. O nome de uso comum, Horus Aha advém de um elemento da titulatura real associado ao deus Horus. Como já referimos, houve alguma controvérsia acerca deste faraó. Alguns investigadores acreditam que ele é o lendário Faraó Menes e por conseguinte também o verdadeiro unificador do Egito. Outros afirmam que ele era na verdade filho de Narmer, o tal faraó conotado como unificador.Narmer e Menes podem ter sido o mesmo faraó, ao qual se referiam com dois nomes distintos. Independentemente há uma considerável evidência histórica que sustenta o critério de Narmer como unificador (Paleta de Narmer), e portanto Hor-Aha como seu filho e herdeiro.
Júlio Africano apoiou este critério considerando-o o herdeiro de Menes. Horus Aha seria proveniente do Alto Egito e casou-se com a princesa Benerib do Baixo Egito, tornando-a sua esposa principal, no entanto seu filho e sucessor – Djer – nasceria de uma concubina – Khenthap.
Segundo Mâneton, Hor-Aha (que ele descreve como Atotis) mandou edificar um palácio em Mênfis, e praticou a arte da medicina, escrevendo tratados sobre a técnica de abrir os corpos. Na famosa pedra de Palermo verificamos que durante o seu reinado mantiveram-se relações comerciais com as terras de Canaã, e que guerreou na Núbia e na Líbia.G.Dreyer descobriu selos impressionantes em Umm – El – Qaab, nas tumbas de Merytneit e Qaa, que identificavam Aha como sendo o segundo faraó da primeira dinastia. O seu predecessor Narmer havia unido o Alto e Baixo Egito num só reino. Aha ascendeu ao trono por volta dos finais do séc. XXXII a.C., ou princípios do XXXI.Ao que tudo indica este faraó levou a cabo muitas atividades religiosas. Em algumas tabuletas do seu reinado, informações mostram que o faraó visitou o Templo de Neit, que se encontra na cidade de Sais, a noroeste do delta do Nilo.
Outro fato interessante é que o faraó providenciou para o enterro da sua mãe uma magnífica mastaba. O local de descanso da rainha-mãe seria na necrópole de Naqada, o que é um forte indício de que ela seria originária desta província. Isto por sua vez apoia a opinião de que Narmer se casou com um membro da antiga linha real de Naqada para reforçar o domínio dos reis tinitas sobre a região.A mastaba mais antiga da necrópole de Saqqara norte em Mênfis remonta ao seu reinado. A mastaba pertenceu a um membro de elite da administração, que pode ter sido um parente do faraó, como era costume na época. Isto indica também a crescente importância de Mênfis durante o reinado de Aha. O faraó Horus-Aha foi provavelmente enterrado na tumba B10-B15-B19, na necrópole de Umm – El – Qaab, em Abidos.Von Beckerath identificou-o como Menes, e outros eruditos como Narmer, tendo por isso considerado Aha o verdadeiro unificador do Egito e o primeiro faraó. No entanto, atualmente consideram-se estas hipóteses obsoletas. Narmer é agora considerado o primeiro faraó do Egito unificado e Hor-Aha o seu sucessor.


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